Darly Pellegrini e é por este mesmo nome que as pessoas a conhecem no universo da cerâmica.

Ceramista e acredita que desde a infância o barro já estava presente na sua vida. Morou por 5 anos na casa dos seus avós paternos em Sousas, subdistrito de Campinas. O quintal terminava a beira do rio Atibaia e até hoje tem a visão e o cheiro da terra úmida à sombra de um enorme pé de jamelão cujos galhos se deixavam lamber pelas águas do rio. Brincava com a terra, lama, folhinhas e flores dentro da enorme cabana fazendo bonequinhos, bichos e comidinhas.

Muito tempo a separa destas lembranças, hoje tem seu próprio atelier de cerâmica onde produz as suas peças e dá aulas no mesmo subdistrito de Sousas.
Se formou em artes visuais na França na École Nationale Supérieure d’Art et de Design de Nancy, em julho de 1985. Onde participou de algumas exposições e pode desenvolver uma instalação com placas de argila que marcaria de forma profunda as suas escolhas posteriores.
Em 1986, de volta ao Brasil, trabalhou criando inúmeras esculturas em argila que foram comercializadas por indústrias cerâmica e fundições.

Já havia feito alguns curso de cerâmica durante a época de faculdade e depois, mas foi em 1991 que comprou o seu primeiro forno. Data que iniciou sua carreira como artista ceramista. Foi quando realmente começou a pôr em prática o que lia e havia aprendido na teoria, sobretudo sobre formulação de vidrados, fazendo as suas experiencias e aprender mais com seus próprios erros. Desde então se dedico exclusivamente à criação, pesquisa e ensino da cerâmica de alta temperatura.

Começou com esculturas e instalações e depois passou para a produção de utilitários. No momento atual se divide entre os dois, mas nestes quase 30 anos nunca deixou de ensinar o que sabe.
Em 2005 apresentou a dissertação de mestrado intitulada: ”O Uso da Argila Como Meio Expressivo e de Autoconhecimento” na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. O trabalho integra duas áreas do conhecimento: Artes e Psicologia Analítica. Para ela a criação é uma maneira de transformar nossa realidade interna. A argila ao ser modelada não ganha só forma, ganha voz, ganha uma alma. Ganha dúvidas e certezas que transitam entre técnica e a tentativa de compreender o ser humano, as questões do dia a dia, as relações.

Há 10 anos começou a pesquisar um tipo de massa chamado paperclay que me abriu novas possibilidades dentro da cerâmica. Desde então pesquisa, divulgo, desenvolve projetos, ministra cursos e orienta trabalhos usando esta massa cerâmica.
Tem a cerâmica como paixão e o ensino como vocação.
Mantem atividades constantes em seu atelier, como mostras, oficinas e cursos. Acredita que só apreciamos e valorizamos aquilo que conhecemos. Daí a sua atuação também nas mídias sociais onde divulga seus trabalho e compartilha seu conhecimento.